Título: O Terceiro Travesseiro
Autor: Nelson Luiz de Carvalho
Editora: Edições GLS
Ano: 1998
Páginas: 208
Baseado em uma história real, este romance desafia rótulos e hipocrisias, revelando os meandros de consciência de Marcus, um jovem comum da classe média paulistana. Com o melhor amigo Renato, descobre o amor e compreende que os dois precisarão encontrar o equilíbrio entre o que sentem e o que a família e a sociedade esperam deles, até que um terceiro personagem aparece. 





A anos eu era completamente louco para ler esse livro, lembro que conheci ele ainda em minha adolescência, ouvi alguns amigos falarem que tinham lido, mas nunca consegui um exemplar para ler, os anos foram passando, e fui empurrando a vontade com a barriga, até que consegui o livro através de uma troca no Skoob e hoje estou aqui postando a resenha dele. 

Marcus não sabe mais o que fazer, não sabe como guardar os sentimentos dele por seu amigo Renato, está cada dia mais difícil não mostrar o que ele realmente sente, mas o medo de perder o amigo é mais forte e ele tenta ao máximo manter submerso os seus sentimentos, se satisfazendo apenas em estar sempre na presença do mesmo.
Sentado no chão, com os joelhos dobrados, de short, meias e tênis, com pelos cobrindo desde os tornozelos até as coxas, Renato me fazia sentir algo muito estranho. Uma sensação que não sabia explicar, muito boa, mas ao mesmo tempo muito assustadora.
Mas um dia Marcus não consegue se segurar e acaba por revelar os seus sentimentos pelo amigo da forma que ele menos esperava, e ao mesmo tempo mais queria, o beijando, e seu maior espanto é que Renato reponde a seu beijo e ali ele consegue enfim realizar um deseja que a tanto tempo o consumia, conseguir descobrir como seria beijar e sentir Renato junto a ele.
— Você me daria um beijo?
— Se você perguntar de novo, eu prometo pensar no assunto.
Renato só percebeu que não era brincadeira quando me aproximei dele e, com a mão direita, comecei a alisar suavemente seu peito.
Visivelmente abalado, ele falou:
— O que você estava fazendo, Marcus? Você está louco?
— Completamente.
Daí para a frente, e para minha surpresa, ele não falou mais nada e, de olhos fechados, deixou que eu prosseguisse com o meu sonho.
Foi a partir daquele momento que Marcus e Renato passaram a ser um só, e aos poucos evoluindo o relacionamento dos dois até chegar o momento de ambos se assumirem para sua família, mas os desafios não param por aí, uma terceira pessoa entrará no relacionamento dos dois e eles deverão lidar com os resultados do envolvimento dessa terceira pessoa no relacionamento deles.

Meu povo de Deus mas que livro foi esse? Não encontrei nada do que eu já não conhecesse nela, porém ainda assim achei ele bem quebrador de tabus, eu paro e imagino o impacto que ele deve ter causado quando teve seu primeiro lançamento em 1998 como não deve ter sido escandaloso. Esse livro segue bem aquele estilo amo ou odeio, eu fiz parte dos que amam, por mais que em algumas partes eu tenha achado com sem noção ou tivesse uma raiva terrível, me acalantei mais principalmente pela história ter fundo verídico.

A narrativa não é lá grandiosa e é um pouco clichê mas adorei, pois em alguns momentos esperava que fosse acontecer uma coisa e acontecia outra. Marcus é simplesmente uma amorzinho, bobo, mimado as vezes, mas um amor, porém Renato é grande destaque, muito mais maduro e centrado é impossível não ficar encantado por ele.

O Terceiro Travesseiro foi um livro bem no ponto do que eu esperava que ele fosse ser não me decepcionou e ainda me surpreendeu no final, por mais que já esperasse por ele, juro que acredito que a culpa é da mãe do Marcus (aceito debates). A capa do livro é sem dúvida a melhores dentre as capas com as quais ele foi lançado, mas ela também não é grande coisa, não encontrei nenhum problema de revisão, a diagramação é boa e a fonte tem um tamanho agradável a leitura.

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