Título: O Homem de Lata (Tin Man)
Autor: Sarah Winman
Editora: Faro Editorial
Ano: 2018
Páginas: 160
“Eu sabia que estava perdendo o controle do meu coração. Estava apaixonado. E era o homem mais feliz da terra.”
O mágico de Oz Em 1963, Ellis e Michael eram dois garotos de doze anos que se tornaram grandes amigos. Durante muito tempo, sempre foram apenas os dois, andando pelas ruas de Oxford, um ensinando ao outro coisas como nadar, descobrir autores e livros e a esquivar-se dos punhos de seus pais dominadores. Até que um dia algo muito maior que uma grande amizade cresce entre eles. Mas então, avançamos cerca de uma década nesta história e encontramos Ellis, agora casado com Annie, e Michael não está mais por perto. O que leva à pergunta: o que aconteceu nos anos que se seguiram? Esta é quase uma história de amor. Mas seria muito simples defini-la assim.  

O lançamento desse livro foi um surpresa para mim, porque eu não fazia nem ideia da existência dele, e eu geralmente fico muito atento aos lançamentos de livros desse gênero. Então não perdi tempo, li a sinopse do livro e me vi encantado com o que ela trazia e logo percebi que eu tinha que ler esse livro, pois, ele prometia ser uma leitura recheada de emoção.

Era 1996, Ellis continuava em sua rotina diária, acordar para ir trabalhar na fábrica, encontrar seus colegas de trabalho, cumprir sua jornada de trabalho, num emprego que exige demais dele. As vezes Ell se pega pensando em seu passado, como as lembranças de sua mãe, e de como ela amava uma cópia de um quadro de Van Gogh que ganhou numa rifa e sempre ficava completamente imersa quando parava para observa-lo.
Ellis saiu com a bicicleta para a noite congelante e pedalou pela Divinity Road. Na Cowley Road ele esperou por uma brecha no trânsito em direção ao leste. Fizera esse caminho milhares de vezes e conseguiria acompanhar o fluxo escuro sem precisar pensar. Virou na direção das luzes da fábrica de automóveis e seguiu até a oficina de pintura. Estava com quarenta e cinco anos, e todas as noites se perguntava para onde esses anos tinham ido.
Aos poucos Ellis vai trazendo mais e mais lembranças a tona, muitas vezes felizes mas as vezes tristes. Mas ele se lembra como se tivesse sido ontem o dia em que conheceu Michael, e de como a partir daquele dia eles se tornaram grandes amigos. Eles eram inseparáveis, e Dora a mãe de Ell adorava Michael, Ellis se sentia completo quando estava junto aos dois, ele teve ótimos momentos ao lado de sua mãe e amigo.
Foi Mabel quem lhe pediu para aparecer na noite em que Michael chegou a Oxford após a morte do pai dele. Um rosto familiar com a idade próxima a do neto dela. Ellis se lembrava de ter estado no lugar onde estava agora. Ele e Mabel, o comitê de recepção. Ambos nervosos, ambos calados.
Avançamos um pouco e Ell nos presenteia como o momento em que ele conheceu Annie e de como ele ficou completamente encantado por ela no momento em que a conheceu e sua primeira reação foi apresentá-la a Michael, mesmo depois de tudo o que eles dois viveram juntos, mesmo assim Michael não se afasta de Ell, ele se torna amigo de Annie e os três vivem como um grande trio de amigos. No momento atual do livro percebemos que Ell está sozinho e fica o questionamento, o que aconteceu com Annie e com Michael?
"Quem é ela", Michael perguntou, olhando pra você. Eu informei "Esta é Anne". E você corrigiu " Annie, na verdade". E ele brincou "Senhorita Annie na verdade. Gosto dela."
Que história linda esse livro trás, ela é contada em passagens de tempo, indo a vários momento do passado do protagonista e voltando aos momentos atuais da vida dele, a escrita da autora é muito fluida e muito sentimental se fazendo difícil não ficar completamente imerso na história e em seus acontecimentos. O livro trata sobre autoconhecimento, luto e redenção, intrincados com amor, família, arrependimentos, desejos, alegrias e tristezas. E é exatamente isso o que torna o livro tão bom, porque ele soa verdadeiro, ele trás uma história que poderia ter acontecido comigo ou até mesmo com você e são poucos os livros capazes de nos transportar tão intensamente para sua história.

Inicialmente eu tive certa raiva de Ell, mas a gente não manda no nosso coração não é mesmo? Com o passar da história é perceptível a mudança do personagem, e todo o sentimento que fica é o de torcer para que tudo de certo para ele. Michael sem dúvidas é o personagem que mais gostei, porque ele sempre é doce, amigo e carinhoso, mesmo quando não deveria ser, mesmo quando isso o machuca, mas além disso ele é inteligente e conhece o verdadeiro sentido do amor. Vemos pouco de Annie, mas o pouco que vemos é possível perceber que ela era uma mulher a frente de seu tempo, e além disso atenciosa, muito carismática e que acreditava que o amor vinha a frente de tudo.

O Homem de Lata foi um leitura de tirar o fôlego, pois, ela me fez ficar completamente envolvido com a história de Ellis e junto com ele reviver os momentos de seu passado que o levaram a ser homem que se tornou. A capa do livro me cativou com sua simplicidade, a mesma possui alto-relevo no título e nome da autora e detalhes envernizados dando um toque a mais na capa. Não encontrei nenhum problema de revisão durante a leitura. A diagramação do livro foi muito caprichada, com destaque para a parte interna da capa em tom azul com e belos girassóis. A fonte tem um tamanho agradável a leitura.

Classificado:
 

Um comentário:

  1. Não curti muito a história do livro justamente porque a sinopse me fala mais do que o necessário. Iniciei a leitura e não tive muitas surpresas, principalmente pela época tratada no livro, que já justifica o motivo de um ter partido e o outro ter ficado distante.

    Tenha uma ótima noite!

    Abraços,
    Naty
    http://www.revelandosentimentos.com.br

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